A Homeopatia    

A palavra homeopatia deriva de duas palavras gregas: homoios que significa “semelhante” e pathos que significa “sofrimento”.

Premissa básica da homeopatia, o Princípio da Semelhança, se refere à observação que qualquer sinal ou sintoma que uma substância causa em altas doses, em uma pessoa saudável, irá promover uma resposta de cura quando administrada em doses mínimas (doses pequeníssimas) para pessoas cujas doenças apresentam os mesmos sinais e sintomas.

(Como exemplo, podemos citar que a exposição à cebola é conhecida por causar lágrimas e fluído nasal. Pessoas com alergia ou outros indícios de gripe ou resfriado comum, que apresentam esses mesmos sinais e sintomas, são beneficiadas por preparações com doses mínimas de cebola elaboradas de acordo com as técnicas homeopática. Como os sintomas representam os esforços do corpo em sua defesa contra infecções ou stress, faz sentido utilizar medicamentos que ajudam a imitar essa defesa ao invés de inibi-la.

A beleza do princípio da homeopatia da semelhança diz respeito a sabedoria inerente do corpo utilizando e otimizando o poder da autocura e auto-regulação do corpo — a Homeostase.

A utilização de uma substância para tratar os sintomas semelhantes também está presente na medicina convencional. É importante notar que a imunização (vacinas) e tratamentos alérgicos são duas das muitas aplicações da medicina tradicional e moderna, pois, estimulam a própria defesa do corpo na prevenção de doenças específicas: Pequenas doses de um agente patogênico atenuado são utilizados para prevenir o que doses maiores deste mesmo agente podem causar. Não é uma simples coincidência que ambos os tratamentos derivam do princípio da semelhança da homeopatia.

Louis Pasteur (1822-1895), considerado um dos três principais fundadores da microbiologia, juntamente com Ferdinand Cohn e Robert Koch, ao desenvolver vacinas e soros, aplicou a mesma Lei da Semelhança, à auto-soroterapia e a auto-hemoterapia. Ensinou a combater a raiva com o próprio vírus rábico atenuado.
Dr. Emil Adolf von Behring (1854-1917), assistente do médico e bacteriologista alemão Robert Koch, demonstrou a possibilidade de se imunizar um animal contra o tétano, injetando-lhe soro sanguíneo de outro animal já infectado. Utilizou o mesmo método no tratamento dos casos de difteria obtendo êxito. Melhorou a teoria de Louis Pasteur dos "vírus atenuados", ao campo das toxinas e antitoxinas, o que permitiu induzir o grau de imunização. Ele afirmou: "Com que termo técnico, que mais apropriadamente se poderia falar dessa influência, do que pela palavra de Hahnemann: Homeopatia.

A medicina tradicional também usa o princípio homeopático da semelhança, na escolha da radioterapia, para tratar pessoas com certos tipos de câncer, sabendo que altas doses de radiação podem causar câncer. Os digitálicos utilizados para as afecções cardíacas e altas doses de digitálicos contribuem para as arritmias cardíacas.

Florey, co-pesquisador da penicilina, registrou em 1943 que a penicilina pura pode impedir o desenvolvimento de microorganismos sensíveis, em diluições de 1 para 50 milhões até 1 para 100 milhões. Também sabemos que o corpo humano produz 50 a 100 milionésimos de grama de hormônio de tireóide por dia, sendo que a sua concentração no sangue normal é de apenas 1 parte por 10 milhões de partes de plasma sanguíneo. Isso não impede que este hormônio seja um competente regulador da taxa metabólica.



    A História da Homeopatia    



 Samuel Hahnemann
, nasceu em Meissen, na Alemanha, em 1755 e faleceu em Paris, no ano de 1843. Ele desenvolveu essa ciência baseando as suas observações na Lei dos Semelhantes, de Hipócrates, 0 pai da Medicina, que no século IV a.C, ficou conhecido por ter dito e demonstrado que, "através do que a doença é produzida, podemos curar o corpo" . Ele também sabia que o uso do princípio dos semelhantes na cura possui raízes mais antigas.

Hahnemann durante sua vida provou e afirmou os efeitos positivos das altas diluições, seguidas de fortes agitações e demonstrou que os tratamentos que não são baseados no princípio da semelhança, não levam a uma cura definitiva da pessoa, mas suprimem os sintomas, proporcionando alívio apenas temporário.

.A medicina homeopática apresenta uma abordagem farmacológica significativamente diferente para o tratamento de pessoas doentes. Em vez de utilizar altas doses e poderosos agentes medicinais, os homeopatas utilizam doses extremamente pequenas de substâncias conhecidas e experimentadas em seres humanos.

Os homeopatas conseguiram extrair um poder curador das drogas que administrando doses muito pequenas de substâncias — nano doses, uma pessoa pode e irá experimentar um benefício terapêutico e imunológico sem nenhuma toxicidade.



     Homeopatia e a Medicina Integrativa    



Neste início do seculo XXXI, podemos observar uma busca, por parte dos medicos e da população em geral, pela medicina mais humanizada e com menos efeitos colaterais.

Deixando preconceitos de lado, a homeopatia não é cura através de chás e ervas, nem de bolinhas de açúcar, nem de "água com açúcar”.

No Brasil, a homeopatia é considerada uma especialidade médica, reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, e também pode ser uma especialidade farmacêutica, médico-veterinária e uma habilitação odontológica reconhecida pelos Conselhos Federais destes profissionais.

Temos cerca de 15.000 médicos homeopatas, uma grande quantidade de especialistas farmacêuticos, médicos- veterinários e cirurgiões-dentistas homeopatas espalhados por todo Brasil, além de um grande número de farmácias homeopáticas e grandes laboratórios farmacêuticos produzindo medicamentos homeopáticos industrializados.

A ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária possui resoluções que regulamentam a produção e distribuição e dispensação de medicamentos homeopáticos, exigindo que a garantia da qualidade seja a prática e a missão na fabricação dos medicamentos homeopáticos industrializados.

A segurança e eficácia dos medicamentos homeopáticos industrializados são comprovadas por pesquisas pré-clínicas e pesquisas clínicas realizadas em cários centros universitários, centros de saúde, consultórios e hospitais, seguindo o mesmo rigor científico e estatístico que qualquer pesquisa em medicamentos exige.

O reconhecimento da Homeopatia nos EUA chegou a um tal ponto que existe em uma das praças mais importantes de sua capital federal, Washington, um imponente monumento em homenagem ao criador da Homeopatia, Samuel Hahnemann
A utilização da Homeopatia pelos médicos apresentada ao nosso país, através de uma regulamentação assinada pelo Presidente da República, é denominada "Política Nacional de Práticas Integrativas e Medicinas Complementares para o Sistema Único de Saúde". Foi publicada em Diário Oficial por meio da portaria Nº 971 de 03 de maio de 2006 do Ministério da Saúde e deve agora ser implantada com o apoio da sociedade e das Instituições Científicas que elaboraram o Projeto.

No mundo, a Homeopatia, também é reconhecida como ciência e como especialidade em países como Inglaterra, França, Alemanha, Espanha, Portugal, Itália, México, América do Norte, India, entre vários outros.

Os laboratórios industriais homeopáticos, nestes países, produzem milhares de medicamentos homeopáticos e a venda destes medicamentos cresce na proporção de 20 a 25% ao ano.

A Medicina homeopática é tão amplamente praticada na Europa que não é considerada medicina alternativa. Alguns dados apontam que aproximadamente 30% de médicos franceses e 20% dos médicos alemães usam medicina homeopática regularmente enquanto mais de 40% pacientes são encaminhados à homeopatia (Fisher e Ward, 1994).

Além disso, metade dos holandeses considera a homeopatia como efetiva (Kleijnen, Knipschild, e Riet, 1991). A medicina homeopática também tem uma significativa presença na saúde americana.

No início do século XX existiam 22 escolas homeopáticas nos EUA, incluindo a Universidade de Boston, Michigan, Escola de Medicina de Nova Torque, Ohio, faculdade de medicina de Hahnemann, Minessota e até Iowa.



    Almeida Prado e a Homeopatia    



A história da Homeopatia no Brasil se une com a história do farmacêutico Rubens Gimenes e o Laboratório Homeopático Almeida Prado. A Farmácia e Laboratório Homeopático Almeida Prado foi fundada em 1959, na Rua Xavier de Toledo, centro da cidade de São Paulo.

Nessa mesma época surgiam as “drogarias” vendendo medicamentos industrializados, pois os mais renomados laboratórios farmacêuticos internacionais começavam a se implantar no Brasil.

Assim, as farmácias tradicionais com manipulação de fórmulas iniciavam um período de decadência acabando por se reduzir a um número muito pequeno de lojas.

Pouco se falava de medicamentos homeopáticos e foi nesse contexto que o médico homeopata e pesquisador Estevam José de Almeida Prado. (1902-1981) e seu sócio Rubens Gimenes, farmacêutico e diretor, bastante motivados, levaram avante a realização de seus sonhos e projetos: a popularização da homeopatia.

Através da estruturação e concretização das suas idéias, os dois promoveram o lançamento de uma linha de medicamentos homeopáticos industrializados, nos moldes da Europa e América do Norte.

Promoveram-se diversas campanhas publicitárias, buscando propagar e tornar conhecida, além de facilitar o acesso popular aos medicamentos homeopáticos e à própria homeopatia. A repercussão desta iniciativa é sentida até hoje, com o reconhecimento nacional da Homeopatia como uma especialidade médica, farmacêutica, veterinária, com utilização na odontologia e também na agronomia. Atualmente, a homeopatia é uma respeitada opção terapêutica para o prescritor e uma forma eficaz de tratamento para os pacientes que a utilizam.

Há mais de 60 anos, o Laboratório Homeopático Almeida Prado se preocupava com a "Garantia da Qualidade” de seus produtos, mesmo quando essa expressão era pouco conhecida no vocabulário farmacêutico.